Melancolia (Melancholia, Dinamarca/Suécia/França/Alemanha, 2011, Dir.: Lars Von Trier, 136 min): Apesar do revestimento de filme catástrofe (Um planeta chamado Melancolia está vindo em direção à Terra), este novo filme de Lars Von Trier é na verdade um grande estudo de personagens, em que mostra o impacto em que a tristeza, depressão faz sobre uma pessoa. Destaca-se aí a magnífica interpretação de Kirsten Dunst (que ganhou a Palma de Ouro de Cannes por seu papel), que consegue transmitir até o nível físico como o abatimento atua sobre ela (a cena da banheira é poderosíssima). Em paralelo, temos o personagem de Charlotte Gainsbourg, que diferentemente de Dunst (que vive em constante tristeza), vai aumentando o nível de meancolia/ansiedade que cai sobre ela. Neste sentido vale ressaltar que a passagem do planeta é uma bela alegoria, já que ele se aproxima e distancia e depois se aproxima de novo e destroi tudo. O mesmo acontece com as pessoas, às vezes a melancolia vem e passa, mas às vezes ela pode vir e te destruir. 5 estrelas.
Harry & Sally - Feitos um Para o Outro (When Harry Met Sally..., EUA, 1989, Dir.: Rob Reiner, 96 min): Eu não sou muito fã de comédias românticas, mas devo admitir que este filme me ganhou, apesar de seguir a mesma rotina deste gênero de filme (garoto conhece garota, garoto ganha a garota, garoto perde a garota, garoto reconquista a garota) a forma que isto é feita (e apresentada)foge um pouco ao convencional (já que apesar de se encontrarem ao longo dos anos, o casal só vais se interessar um pelo outro depois de muito tempo). O forte do filme é o seu roteiro, que conta com diálogos memoráveis e engraçadíssimos, e com a contribuição das atuaçãoes de Billy Crystal e Meg Ryan faz tudo ficar melhor ainda. 5 estrelas.
A Origem (Inception, EUA/Reino Unido, 2010, Dir.: Christopher Nolan, 148 min): Caramba, esse é um dos filmes que mais vi nos últimos tempos, 3ª vez que entra nessa sessão. CRÍTICA AQUI. 5 estrelas.
Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim vs. the World, EUA/Reino Unido/Canadá, 2010, Dir.: Edgar Wright, 112 min): Eu sabia que ia gostar do filme no exato momento em que ele começou, quando te é exibido um logo e música da Universal como se fosse de um jogo de video-game 8 bit; a partir desse momento você já é preparado que o filme vai fugir do convencional, o que, de fato, acontece. Baseado numa história em quadrinhos, a versão cinematógráfica está muito mais para uma mistura de jogo de video-game com desnho japonês, os famigerados animes, ao apresentar onomatopéias de campainhas, toques de baixo, telefones cantando, e até usando símbolos nas expressões faciais das pessoas. O grande trunfo do filme, sem sombra de dúvidas é a edição, que não linear e extremamente inventiva de captura por todo o tempo de projeção, ademais, a história é deliciosamente engraçada, com coisas como polícia vegana, e as constantes piadas sobre o cabelo do personagem principal. O ruim mesmo é ver o Michael Cera fazer o mesmo tipo de personagem/interpretação filme após filme. 5 estrelas.
*Os filmes da semana são mini-críticas, altamente pessoais e subjetivas, sobre os filmes que eu vejo durante a semana. O cartaz do post é sempre do filme que eu mais gostei.
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Um comentário:
Scott Pilgrim merecia um oscar de efeitos especiais só por fazer o michael cera lutando ser algo "crível"...
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