quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Filmes da semana (04/11 a 11/11)

Eu sempre reclamo que, apesar do nome "cine" no título do blog, pouco falamos de cinema, então resolvi criar uma série semanal, o "Filmes da semana", em que eu faço mini-críticas dos filmes que assisti na última semana, sendo que a imagem do post vai praquele que eu considerei o melhor...





Herói (Ying xiong, Hong Kong/China, 2002, 99 min): Filme maravilhoso sobre um grupo de pessoas que tenta matar o Rei que acabaria por unificar a China. Quase tudo nesse filme é perfeito: a trama, a trilha, fotografia (muito exuberante, indo de bosques à desertos), figurino, as lutas. Só os efeitos especiais que, em alguns momentos, deixam a desejar, o que não compromete o filme. 5 estrelas.

Pequena Miss Sunshine (Litlle Miss Sunshine, EUA, 2006, 101 min): Filme que mostra que com pouco pode se fazer muito. Acompanhamos a família Hoover rumo a um concurso de beleza infantil, e no caminho descobrimos os problemas de cada um dos familiares, do tio gay suicida ao avô cocainômano. O tom agridoce utilizado no filme é perfeito, e as atuações são magnetizantes, vc se envolve com essa família e passa a torcer, sofrer com ela. O final ainda traz uma crítica ferina aos absurdos concurso de beleza infantil. 5 estrelas.

12 Homens e uma Sentença (12 Angry Man, EUA, 1957, 96 min): Se em 1957 já existisse o SAG Awards (premiação do sindicato dos atores) o elenco de 12 homens e uma sentença definitivamente levaria o premio de melhor conjunto. Ambientado em 97% do filme em uma sala onde o Júri deve tomar a decisão sobre um assassinato, o Jurado vivido por Henry Fonda convence um a um de que o acusado não deve ser condenado, não por que ele seja inocente, mas porque há uma dúvida razoável sobre sua culpabilidade. Filme que magistralmente mostra como os nossos preconceitos, falta de atenção com o próximo podem acabar levando a decisões equivocadas. 5 estrelas.

Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, EUA, 1954, 108 min): Filme em que Marlon Brando ganhou seu primeiro Oscar, e a atuação dele nesse filme é simplesmente perfeita, pois ele consegue perfeitamente caracterizar o sofrimento de alguém que está dividido entre ter que fazer a coisa certa e com isso ser tornar um pária para "amigos" e família. O filme é todo permeado por um tom triste, que nos últimos minutos é um pouco ignorado, não deixando a situação final crível, e por isso ele perde um pouco, mas ainda assim é um filme muito bom. 4,5 estrelas.

Amor, Sublime Amor (West Side Story, EUA, 1961, 152 min): Quando eu ia assistindo esse filme, um musical, eu pensei, é um bom filme que trata de intolerância (americanos e porto-riquenhos, no caso), mas que vai ser mais um do gênero, com as suas mesmices e estereótipos (os porto-riquenhos só vestem roxo, lilás e vermelho, enquanto os americanos, cores sóbrias), ae a moça latina e o rapaz americano se apaixonam e no fim tudo se acomoda. Ledo engano. A história fica muito pesada, tomando contornos dramáticos que, num musical, é muito louvável. o filme termina de maneira melancólica, o que o torna soberbo. Não é à toa que ganhou 10 Oscar. 5 estrelas.

A Outra (Another Woman, EUA, 1988, 81 min): Depois de Match Point, esse é o filme do Woody Allen menos Woody Allen possível. Acompanhando o impacto que os 50 anos causou na personagem de Marion Post, o filme nos faz pensar sobre como conduzimos nossas vidas, vale tudo à pena? Será que o que fizemos hoje vai nos assombrar no futuro? Será que aquilo que achamos das pessoas é mesmo verdade? Ótimo filme para um momento de reflexão. 5 estrelas.

Star Trek (Star Trek, EUA, 2009, 127 min): Muito bom filme de ficção científica que relança as bases para que mais filmes sejam lançados. Traz um roteiro que considerei interessantíssimo, pois trata de viagens no tempo e a criação de realidades paralelas/alternativas. Os efeitos especiais são muito bons, e a ação perfeita. 4 estrelas.

Distrito 9 (District 9, EUA/Nova Zelândia, 112 min): o filme, inicialmente, utiliza o estilo mockumentary (um falso documentário), sobre uma nave que estaciona sobre Joanesburgo, e cujo aliens são tranferidos para uma zona da cidade que 20 anos depois é uma enorme favela. Os primeiros 40 minutos do filme são sensacionais, já que o estilo documental, dentro de um ficção é surpreendente, pois te passa a impressão daquilo ser realidade, mas do nada o filme abandona o estilo, virando um filme "normal", o que faz ele cair. Ainda assim, ao tornar dos aliens uma alegoria sobre as condições de pobreza, as diferenças sociais e até mesmo o apartheid, faz com que a experiência cinematográfica seja enriquecedora. 4 estrelas.

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