Blow Up - Depois daquele beijo (Blow-Up, Reino Unido/Itália/EUA, 1966, 111 min): Considerado uma das grandes obras do cinema, o expectador mais desatento poderia ficar extremamente descontente com esse filme. Pra dizer a verdade, eu saí um tanto quanto revoltado; até perceber que a proposta do filme não é a história que ela apresenta, mas sim um belíssimo estudo de personagem; em que o que importa é analisarmos a vida um tanto quanto sem sentido do fotógrafo que o filme acompanha. 4 estrelas.
Carrie - A Estranha (Carrie, EUA, 1976, 98 min): Simplesmente me apaixonei por esse filme, pra dizer a verdade, me apaixonei pela Sissy Spacek também, e me levantou a pergunta: como uma jovem tão linda virou uma adulta tão... esquisita? Mas bem, Brian De Palma aqui demonstra porque ele é um gênio, a sequência antes do balde é de uma tensão e maestria enormes; e depois do balde vc fica preso com as duas telas divididas mostrando múltiplas ações, uma assinatura de De Palma. Clássico. 5 estrelas.
Justiça Para Todos (...And Justice For All, EUA, 1979, 119 min): Justiça Para Todos é um ótimo filme que escancara as podridões do sistema legal americano, mostrando que o conceito de justiça é um tanto quanto deturpado; o que te faz pensar e te deixa numa encruzilhada: "ok, o sistema não funciona muito bem, mas há algo a fazer?". Como advogado, eu digo: não; por pior que o sistema seja, não há nada melhor que ele. Quanto ao filme, Al Pacino encarna com maestria seu personagem, um homem sensível, militante de sua profissão, que atua com o coração antes que o bolso. O único problema do filme resulta em cenas meio datadas demais, que soam bregas, além de uma vexatória cena num helicóptero. 4 estrelas.
Jhonny Guitar (idem, 1954, EUA, 110 min): Considerado grande clássico do faroeste, tenho que admitir que não vi nada demais nesse filme em relação a outras centenas de filmes do gênero: o grande dono de terras que quer impedir a expansão do progresso; a pessoa que se estabelece no local e tem que lutar contra tudo e todos; o cara que parece meio bobão e é na verdade o ás do gatilho. Talvez eu esteja sendo injusto e esse foi o filme que gerou os outros, mas levando em consideração que é um filme de 1954, acho difícil. Memorável do filme, só seu tema. 3 estrelas.
As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath, EUA, 1940, 128 min): John Ford conduz com maestria esse filme sobre retirantes americanos, na época da Grande Depressão, que vão em direção à California em busca de uma vida melhor. O filme simplesmente escancara o quão dura aquela época foi, e mostra uma faceta sombria do povo americano, preconceituosa e sem solidariedade. Henry Fonda encarna o personagem principal, e sa atuação cresce ao longo do filme, vez que no começo se baseava basicamente em gritos, e depois se transforma em algo mais sensível e adequado às situaçãoes da trama. 5 estrelas.
Rebeldia Indomável (Cool Hand Luke, EUA, 1967, 126 min): Um dos melhores filmes de prisão que eu já assisti, Paul Newman mostra porque é um astro cativante; vivendo o seu Luke como um homem que nunca desiste, inconsequente. Vemos também que a camaradagem e a verdadeira amizade podem surgir em qualquer lugar, entre mesmo entre prisioneiros, e nesse sentido, a atuação de George Kennedy, que lhe rendeu um Oscar, é maravilhosa, pois seu personagem apresenta uma inocência tocante. Mas pra mim, o destaque reside em Strother Martin, que aparece pouco no filme, mas rouba a cena toda vez que aparece. 4 estrelas.
O Beijo da Mulher-Aranha (The Kiss of the Spider Woman, Brasil/EUA, 1985, 120 min): Sempre quis ver esse filme, e sempre tive a sensação que ia odiá-lo, mas não, é um filme maravilhoso, que encara com muita ternura o convívio de um preso político e um gay numa prisão no Brasil. William Hurt e Raul Julia desenvolvem seus papéis com maestria, e o fato de Julia não ter sido indicado (Hurt concorreu e ganhou de melhor ator) é algo que não compreendi. Destaque também para as histórias dentro da história, especialmente o "filme" de amor, mas que na verdade era uma filme da propaganda nazista. 5 estrelas.
*Os filmes da semana são mini-críticas, altamente pessoais e subjetivas, sobre os filmes que eu vejo durante a semana. O cartaz do post é sempre do filme que eu mais gostei.
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Um comentário:
Carrie foi o primeiro final de livro aceitável do SK que eu li até agora. Cemitério Maldito também foi bom. Torcer pra Dança da Morte seguir a maré de sorte...
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