Lembrando que a série "filmes da semana" são mini-críticas com opiniões estritamente pessoais... o filme que eu considerei o melhor dos vistos, ganha o seu poster no post...
Um Barco e Nove Destinos (Lifeboat, EUA, 1944, 97 min): Um dos mais celebrados filmes de Alfred Hitchcock, que ocorre em apenas um cenário (um bote salva-vidas). A beleza desse filme, no meu ponto de vista está nos conflitos e transformações que ocorrem com os personagens devido ao duplo fato de estarem em Guerra (o filme se passa na 2ª Guerra Mundial) e tentarem a sobrevivência. Entre as questões que se passam está o questionamento de se matar um homem a sangue-frio, mesmo que seja o inimigo, e é interessante ver como, no filme, o maior opositor da idéia, acaba se juntando à turba; o submetimento de várias pessoas a uma só, abrindo mão de sua liberdade em troca de uma esperança de vida. Gosto particurlamente da personagem vivida por Tallulah Blankhead, uma repórter "de nariz empinado", que vai aos poucos sendo despojada de tudo que lhe era importante na vida, a câmera, depois a máquina de escrever, o casaco, até no fim o bracelete de diamantes; e é nesse momento que ela pôde se entregar de corpo e alma ao marinheiro de classe inferior. 4 estrelas.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, EUA, 1981, 115 min): Esse filme pode ser definido com duas palavras: Aventura e Diversão. Baseado nos filmes-matinês da década de 1940, George Lucas e Steven Spielberg criaram um dos mais mitológicos personagens da história do cinema. Tudo nesse filme encaixa bem, da soberba trilha sonora composta por John Williams ao cinismo do personagem de Harrison Ford. As cenas de ação são extremamente bem elaboradas, e o charme delas reside exatamente em colocar o(s) herói(s) do filme em situações cada vez piores em sequência, sem dar folga a eles. 5 estrelas.
Indiana Jones e o Templo da Perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom, EUA, 1984, 118 min): Na minha opinião, o melhor dos Indiana Jones, em grande parte por causa dos primeiros 13 minutos de filme, que são uma grande homenagem à filmes clássicos de Hollywood, desde os grandes musicais, passando por James Bond e Casablanca. Diga-se de passagem, o número de sapateado dos primeiros três minutos é fenomenal. Além do mais, esse é um filme que, apesar de ser mais sombrio, investe muito mais no humor, e pra mim, a dupla Harrison Ford-Kate Capshaw funciona melhor do que a Harrison Ford-Karen Allen, aliás, muita gente reclama da atuação "gritada" de Capshaw, mas eu penso que a intenção era exatamente essa, vez que ela, no filme, uma mulher mimada que fica aterrorizada frente às novas situações que tem que enfrentar. 5 estrelas.
Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade, EUA, 1989, 127 min): Fechando a "Trilogia Clássica" de Indiana Jones com chave de ouro, esse novo filme nos apresenta o pai de Indiana Jones, o Dr. Henry Jones, vivido por Sean Connery. É engraçado pensarmos que Connery é apenas 10 anos mais velho que Ford, mas a química entre eles é tão forte, que é mais do que crível que ali estão pai e filho, e diga-se de passagem, Connery rouba todas as cenas que compartilha com Ford. As cenas de ação são magistralmente bem elaboradas, principalmente a do tanque de guerra, que, apesar de longa, não te cansa um milésimo de segundo qualquer. E como brinde, ainda temos a oportunidade de ver o Jovem Indiana Jones (o que levou à criação de uma série de TV. 5 estrelas.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, EUA, 2008, 122 min): É né, apesar de ter seus momentos, talvez esse fosse um filme que não devesse ser feito, pelo menos não da forma como foi realizado, saindo um pouco do cânon dos filmes de Indiana Jones. Explico: os filmes anteriores de Indiana Jones começavam mostrando o fim de uma aventura que em nada tinham a ver com a história principal do filme, o que não acontece aqui, já que o filme começa com os eventos da trama principal. Depois, os Indiana clássicos sempre tratavam de temas do oculto, ligados à religiosidade; e ver a trama nesse filme se relacionar a E.T.s (ou mais especificamente seres "extre-dimensionais") é um pouco frustrante. Ademais, há o uso excessivo de efeitos digitais, seja para inserir (desnecessariamente) marmotas em uma cena até tomadas aéreas de dentro de um galpão e formigas. Mas como eu disse, o filme tem lá seus momentos, e as cenas de ação são bem convincentes. Harrison Ford encara com naturalidade seu personagem mais velho e não tão ágil, Shia LaBeouf aparece com enorme energia em cena, Cate Blanchett não compromete, John Hurt está totalmente no automático e Karen Allen parecia deslumbrada de estar fazendo mais um filme de Indiana Jones. 3 estrelas.
Retorno a Howards End (Howards End, Grã-Bretanha/Japão, 140 min): Esse é mais um daqueles filmes que se passam na Inglaterra Vitoriana (embora nesse caso seja começo do século 20), ao estilo dos livros da Jane Austin. Apesar das atuações corretas de Emma Thompson (que ganhou o Oscar por esse filme), Anthony Hopkins e Helena Boham Carter, a verdade é que você não se envolve emocionalmente com os personagens, o que faz com que a história fique, de certa maneira fria, e convenhamos, a trama apresentada é, de certa forma, boba. 3 estrelas.
O Pagador de Promessas (idem, Brasil, 1962, 98 min): Esse é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Interpretado magistralmente por Leonardo Villar, o personagem de Zé do Burro tenta cumprir a promessa de carregar uma cruz de madeira da sua fazenda até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, percorrendo uma distância de 7 léguas (ou 42 quilômetros). O problema é que a promessa msm sendo dirigida para Santa Bárbara foi feita em um terreiro de Candomblé, o que faz com que o Padre da Igreja não deixe Zé do Burro entrar no Local. A isso se soma o interesse de Bonitão, um malandro local que botou os olhos na esposa de Zé. A temática desse filme é sem igual, pois ela consegue retratar com viscerlidade questões como o sincretismo e a intolerância religiosa, o preconceito racial e de classe, a ignorância do homem do interior, o medo comunista (sim até isso) e a imprensa marrom. A Atuação de Leonardo Villar é digna de prêmios, pois ele encarna o seu Zé do Burro com tanta dedicação e simplicidade que vc enxerga aquele indivíduo como um ser humano complexo, tridimensional. Por outro lado, Glória Menezes parece estar no automático, não empregando qualquer sentimento mais profundo às angústias de sua peronagem. 5 estrelas.
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Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, EUA, 1981, 115 min): Esse filme pode ser definido com duas palavras: Aventura e Diversão. Baseado nos filmes-matinês da década de 1940, George Lucas e Steven Spielberg criaram um dos mais mitológicos personagens da história do cinema. Tudo nesse filme encaixa bem, da soberba trilha sonora composta por John Williams ao cinismo do personagem de Harrison Ford. As cenas de ação são extremamente bem elaboradas, e o charme delas reside exatamente em colocar o(s) herói(s) do filme em situações cada vez piores em sequência, sem dar folga a eles. 5 estrelas.
Indiana Jones e o Templo da Perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom, EUA, 1984, 118 min): Na minha opinião, o melhor dos Indiana Jones, em grande parte por causa dos primeiros 13 minutos de filme, que são uma grande homenagem à filmes clássicos de Hollywood, desde os grandes musicais, passando por James Bond e Casablanca. Diga-se de passagem, o número de sapateado dos primeiros três minutos é fenomenal. Além do mais, esse é um filme que, apesar de ser mais sombrio, investe muito mais no humor, e pra mim, a dupla Harrison Ford-Kate Capshaw funciona melhor do que a Harrison Ford-Karen Allen, aliás, muita gente reclama da atuação "gritada" de Capshaw, mas eu penso que a intenção era exatamente essa, vez que ela, no filme, uma mulher mimada que fica aterrorizada frente às novas situações que tem que enfrentar. 5 estrelas.
Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade, EUA, 1989, 127 min): Fechando a "Trilogia Clássica" de Indiana Jones com chave de ouro, esse novo filme nos apresenta o pai de Indiana Jones, o Dr. Henry Jones, vivido por Sean Connery. É engraçado pensarmos que Connery é apenas 10 anos mais velho que Ford, mas a química entre eles é tão forte, que é mais do que crível que ali estão pai e filho, e diga-se de passagem, Connery rouba todas as cenas que compartilha com Ford. As cenas de ação são magistralmente bem elaboradas, principalmente a do tanque de guerra, que, apesar de longa, não te cansa um milésimo de segundo qualquer. E como brinde, ainda temos a oportunidade de ver o Jovem Indiana Jones (o que levou à criação de uma série de TV. 5 estrelas.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, EUA, 2008, 122 min): É né, apesar de ter seus momentos, talvez esse fosse um filme que não devesse ser feito, pelo menos não da forma como foi realizado, saindo um pouco do cânon dos filmes de Indiana Jones. Explico: os filmes anteriores de Indiana Jones começavam mostrando o fim de uma aventura que em nada tinham a ver com a história principal do filme, o que não acontece aqui, já que o filme começa com os eventos da trama principal. Depois, os Indiana clássicos sempre tratavam de temas do oculto, ligados à religiosidade; e ver a trama nesse filme se relacionar a E.T.s (ou mais especificamente seres "extre-dimensionais") é um pouco frustrante. Ademais, há o uso excessivo de efeitos digitais, seja para inserir (desnecessariamente) marmotas em uma cena até tomadas aéreas de dentro de um galpão e formigas. Mas como eu disse, o filme tem lá seus momentos, e as cenas de ação são bem convincentes. Harrison Ford encara com naturalidade seu personagem mais velho e não tão ágil, Shia LaBeouf aparece com enorme energia em cena, Cate Blanchett não compromete, John Hurt está totalmente no automático e Karen Allen parecia deslumbrada de estar fazendo mais um filme de Indiana Jones. 3 estrelas.
Retorno a Howards End (Howards End, Grã-Bretanha/Japão, 140 min): Esse é mais um daqueles filmes que se passam na Inglaterra Vitoriana (embora nesse caso seja começo do século 20), ao estilo dos livros da Jane Austin. Apesar das atuações corretas de Emma Thompson (que ganhou o Oscar por esse filme), Anthony Hopkins e Helena Boham Carter, a verdade é que você não se envolve emocionalmente com os personagens, o que faz com que a história fique, de certa maneira fria, e convenhamos, a trama apresentada é, de certa forma, boba. 3 estrelas.
O Pagador de Promessas (idem, Brasil, 1962, 98 min): Esse é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Interpretado magistralmente por Leonardo Villar, o personagem de Zé do Burro tenta cumprir a promessa de carregar uma cruz de madeira da sua fazenda até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, percorrendo uma distância de 7 léguas (ou 42 quilômetros). O problema é que a promessa msm sendo dirigida para Santa Bárbara foi feita em um terreiro de Candomblé, o que faz com que o Padre da Igreja não deixe Zé do Burro entrar no Local. A isso se soma o interesse de Bonitão, um malandro local que botou os olhos na esposa de Zé. A temática desse filme é sem igual, pois ela consegue retratar com viscerlidade questões como o sincretismo e a intolerância religiosa, o preconceito racial e de classe, a ignorância do homem do interior, o medo comunista (sim até isso) e a imprensa marrom. A Atuação de Leonardo Villar é digna de prêmios, pois ele encarna o seu Zé do Burro com tanta dedicação e simplicidade que vc enxerga aquele indivíduo como um ser humano complexo, tridimensional. Por outro lado, Glória Menezes parece estar no automático, não empregando qualquer sentimento mais profundo às angústias de sua peronagem. 5 estrelas.
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