quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Filmes da semana* (09/02 a 15/02)

É, eu sei. Essa seção devia ser mais constante (vou fazer o possível) afinal de contas, é minha preferida do blog; e ficar sem as críticas desde agosto é mesmo muito tempo.



Bravura Indômita (True Grit, EUA, 1969, 128 min): Primeira versão baseada no livro de Charles Portis, é um filme feito â maneira clássica de Hollywood, um feel good movie, em que os mocinhos se dão bem e os bandidos se dão mal. Traz no papel principal o astros dos westerns John Wayne, que no papel que lhe rendeu o Oscar faz mais do mesmo, sempre na linha de personagens que permeou sua carreira. O ponto positivo do filme é seu ritmo, o filme passa numa velocidade impressionante, além de Kim Darby, que conquista a todos no papel de Mattie Ross. 3,5 estrelas.

O Lobisomen (The Wolfman, EUA, 2010, 103 min): Dói ver atores do calibre de Anthony Hopkins e Benício Del Toro fazendo parte de filmes como esse. O Lobisomen é ruim do começo ao fim, não conseguindo estabelecer nenhum momento de profundidade emocional dos personagens ou de simples suspense ou terror (algo que se esperaria para um filme do gênero); ao invés disso, busca impressionar os espectadores pela violência das cenas e pelos efeitos especiais (que são apenas corretos). E Anthony Hopkins está no automático nesse filme, o que na minha opinião, faz com a qualidade do filme diminua ainda menos. 2 estrelas.

O Discurso do Rei (The King's Speech, Reino Unido/Austrália/EUA, 2010, 118 min): Filme com maior indicações ao Oscar desse ano, O Discurso do Rei é um filme muito agradável de se ver e que conta com um baita elenco que trabalha acima da média, principalmente com Colin Firth que simplesmente incorpora  um sujeito gago e cheio de complexos que acaba por tornar-se o Rei da Inglaterra; perfeito em cada nuance Firth estabelece o seu George VI como um sujeito amável, inseguro e de pavio curto, uma atuação sublime. Já Geoffrey Rush aparece com sua habitual segurança, conquistando o público com seu carisma desde o primeiro minuto em cena. Cabe aqui ainda a crítica que apesar de ser um filme muito bom, de certa forma ele é apenas correto, e estranha-se o fato de ter conseguido as 12 indicações e disputar a estatueta principal com A Rede Social, um filme moderno e vibrante. 4 estrelas.

Bravura Indômita (True Grit, EUA, 2010, 110 min): Segunda e melhor versão baseada no livro de Charles Portis, esse Bravura Indômita tem tudo para figurar no panteão dos grandes clássicos do western. Escrito e dirigido pelos irmãos Coen (Onde os Fracos Não tem Vez e Queime Depois de Ler), este filme apresenta uma versão muita mais real, madura e de certa forma, pessimista em relação ao filme de 1969. Aqui, Jeff Bridges assume o papel de Rooster Cogburn, o corajoso e bêbado agente federal contratado para caçar um assassino. Bridges personifica o seu Cogburn como um homem competente, amargurado, cruel e bêbado, mas que ainda assim consegue ser carinhoso com Mattie Ross, também interpretada magistralmente pela novata Hailee Stanfield, que compõe sua Mattie como uma garota decidida, inteligente e corajosa. A Fotografia do filme é algo de tirar o fôlego (e sempre que eu vejo um contra-luz bem executado eu penso em como o Michael Bay adora subverter esse recurso). Contando ainda com Matt Dammon, Josh Brolin e um irreconhecível Barry Pepper no papel de Ned Sortudo, Bravura Indômita é um baita de um filmaço. 5 estrelas.

Machete (idem, EUA, 2010, 105 min): Nascido dos trailer falsos do filme Grindhouse, Machete tinha tudo para ser um ótimo filme ruim, já que claramente suas influências seriam os filmes B da década de 1960/70. Mas tirando por um momento ou outro, Machete é apenas um ruim filme ruim. Confuso do começo ao fim, com uma trama muuuuito sem pé nem cabeça, não consegue nem se sustentar como um filme divertido pelo absurdo. E eu gostaria muito de saber como eles conseguiram que o Robert De Niro fizesse parte do projeto (será que o Tarantino, que trabalhou com ele em Jackie Brown, e é amigo do diretor Robert Rodriguez, deu uma forcinha?). Aliás, do elenco, pra mim o destaque é o Steven Seagal, que diverte com o seu vilão canastrão (pra variar) que toda hora aparece em video conferência chamando os outros de puñeta. 2 estrelas.

Agora Seremos Felizes (Meet Me in St. Louis, EUA, 1944, 113 min): Musical dirigido por Vincent Minnelli, estrelando sua futura esposa (a mais talentosa que bonita, embora esteja bonita nesse filme) Judy Garland, é um dos clássicos musicais da era de ouro de Hollywood, em que estão presente os valores familiares, a inocência da infância, o peso da tradição, o amor, etc. Contando com um elenco harmonioso e uma direção de arte e figurino que chamam a atenção, é um ótimo filme, que, claro, tem a inteligência de deixar Judy Garland sempre se sobressair quando aparece em cena. Das músicas, destaque para a The Trolley Song. 4 estrelas.




*Os filmes da semana são mini-críticas, altamente pessoais e subjetivas, sobre os filmes que eu vejo durante a semana. O cartaz do post é sempre do filme que eu mais gostei.

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